Volvido o turbilhão emocional
na antiga ESTGAD agora ESAD
uma brisa nostálgica a pinhal
esmorecia ao regressar ao carro
avizinhava-se a segunda parte,
revisitar aqueles locais da cidade
e procurar uma boa tasquinha
para almoçar,
contudo antes disso
havia uma paragem obrigatória,
um prédio de escadas em caracol
que albergou no segundo piso
cinco estudantes da escola,
3 de artes plásticas e 2 designers
o Rito, o Pombeiro, eu, o Gil e o Saúl,
três anos de histórias, companheirismo,
crescimento, muita liberdade
e “alguma” vida boémia…
O almoço foi no Tijuca,
sugestão do Vitor,
restaurante pequeno e castiço
de esquina com o parque
e uma calçada inclinada
para a praça da fruta.
Os jaquinzinhos estaladiços
desapareciam inteiros
entre goles do branco da casa,
em cada gole, uma memória,
um rosto, vários momentos
apareciam com aquela leveza
bonita que o vinho emana,
por instantes vi-me
aquele menino de 18 anos
sem grandes preocupações
praticamente só era preciso
ser feliz e fazer uns desenhos…